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Primeiro Reinado

O período inicial do Império, estende-se da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, até a abdicação de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do país a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resistência de tropasportuguesas. Ao vencê-las, em meados do ano seguinte, consolida sua liderança.Seu primeiro ato político importante é a convocação da Assembléia Constituinte, eleita no início de 1823.
É também seu primeiro fracasso: devido a uma forte divergência entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poderpessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é dissolvida em novembro. A Constituição é outorgadapelo imperador em 1824. Contra essa decisão rebelam-se algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco.
A revolta, conhecida pelo nome de Confederação do Equador, é severamente reprimida pelas tropas imperiais.Embora a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o governo é autoritário.Frequentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário.
Preocupa também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com aentrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina. A perda da província da Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas personalistas do imperador. Sucessão em Portugal - Além disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se cada vezmais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português, ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa renúncia e abre mão do trono de Portugal emfavor de sua filha Maria da Glória. Ainda assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocraciacivil-militar e no comércio das principaiscidadesdo país. Incidentes políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é cometido a mando depoliciais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é responsabilizado pela morte.Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a MinasGerais na virada de 1830 para 1831.
A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebidocom frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, osportugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Issodesencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado epromete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal.Toda a agitação política do governo de Dom Pedro I culminou em sua rápida saída do governo durante os primeirosmeses de 1831. Surpreendidos com a vacância deixada no poder, os deputados da Assembléia resolveram instituir umgoverno provisório até que Dom Pedro II, herdeiro legítimo do trono, completasse a sua maioridade. É nesse contexto de transição política que observamos a presença do Período Regencial
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Clique na imagem e leia o artigo da historiadora Cecília H. de Salles Oliveira publicado na Revista de História e descubra o que há de anacrônico na pintura